Crise reduz expectativas do mercado imobiliário, aponta Secovi-SP


(G1) – 16/12/08

Balanço de 2008 prevê queda de 10% em lançamentos e vendas.
Para 2009, sindicato de habitação aponta crescimento menor.

A intensificação da crise financeira internacional em setembro reduziu as expectativas do mercado imobiliário de São Paulo para o ano, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira (16) pelo Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP), o maior do setor na América Latina.

A previsão é de encerrar o ano com 33 mil unidades comercializadas, e VSO (indicador que mede a venda sobre ofertas) estimado de 13,6% – queda de 10% nos lançamentos e nas vendas causada pelo que a entidade chama de “parada técnica”.

A mudança no cenário mundial, segundo o balanço, provocou expectativa quanto aos rumos da economia com “reação de aguardar os acontecimentos”.

A entidade estima fechar o ano com lançamento de 35 mil unidades, contra um total de 39 mil (2007) e 26 mil (2006).

De janeiro a outubro foram lançados no município de São Paulo um total de 29 mil unidades. O indicador de venda sobre ofertas registrou média mensal de 14,9% de comercialização.

Na comparação com 2006, no entanto, nota-se um aumento de 36% nos lançamentos e 17% no volume de comercialização.

2009

Para o próximo ano, o sindicato de habitação prevê que o mercado imobiliário continuará crescendo, ainda que em ritmo menor.

A previsão se baseia nos recursos anunciados pelo governo para irrigar o setor. O balanço destaca a resolução do Banco Central que direciona recursos da poupança para o mercado imobiliário.

Com ela, os volumes poderão chegar, até 31 de março de 2009, a R$ 10 bilhões, incluindo Caixa e bancos privados. Somente a Caixa operará R$ 3 bilhões.

“Com relação a recursos do FGTS, o orçamento aprovado no dia 30 de outubro de 2008 pelo Conselho Curador do FGTS prevê para habitação popular quase R$ 12 bilhões. Isso nos faz crer que não faltará financiamento para os consumidores finais, com taxas de juros variáveis de 4,5% ao ano, o que permite financiar o primeiro imóvel sem as amarras de valor máximo do imóvel ou de renda familiar bruta”, destaca o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

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