(Agência Estado) – 09/09/15
O fluxo de investimentos no setor de construção civil deve ser ainda mais prejudicado com o rebaixamento do rating do Brasil pela agência de classificação de riscos Standard & Poor’s, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto. Para o executivo, o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção deve sofrer com a ação de rating, com uma possível retração de 8% em 2015.
“No nosso setor, determinados fundos só podem investir em países com grau de investimento. Em parte, a perda do grau de investimento já estava precificada e recursos novos já não estavam chegando. Mas vamos ter de ver como será o processo de retirada de capital”, afirmou o executivo.
O presidente do Sinduscon-SP ressaltou que o País precisa de capital estrangeiro e, agora, o governo vai ter de reforçar a “lição de casa”. “Em um primeiro momento, vai ter de cortar despesas e, em seguida, redimensionar o tamanho do Estado na economia. Aumentar imposto não adianta”, acrescentou.
O executivo destacou ainda que a economia tem mostrado um ritmo de deterioração acima do esperado. “Não estávamos esperando a perda do grau de investimento tão cedo”, afirmou. A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating do Brasil de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota. Com o rebaixamento, o País passa a ser grau especulativo pela agência.
O rebaixamento da nota do Brasil pela S&P ocorre pouco mais de um mês depois de a agência ter revisado a perspectiva do rating do País de estável para negativo.