Calote na faixa um do Minha Casa, Minha Vida sobe para 29% em maio


(Folha de São Paulo) – 19/06/16

A queda na renda do brasileiro e o aumento do desemprego impactaram na inadimplência da faixa um do programa Minha Casa, Minha Vida.

Nesse grupo, os imóveis são destinados àquelas famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.800, e o governo custeia o limite máximo de 90% do valor da moradia.

Em maio, 28,8% dos mutuários estavam em atraso há mais de 90 dias, segundo o Ministério das Cidades e a Caixa.

O calote cresce com a perda de postos de trabalho. No trimestre móvel até abril, o desemprego era 11,2% -no mês, os inadimplentes eram 27%. No mesmo período de 2014, com desemprego de 7,1%, os maiores atrasos eram 17,5%.

“Os números refletem que, quanto mais baixa a renda, maior é a sensibilidade em relação ao índice de emprego”, diz Rodrigo Luna, do Secovi-SP (do setor imobiliário).

O programa é bom, mas o país deve pensar em opções como o custeio de um aluguel social, em lugar de dar a casa, diz Fernando Marcato, da FGV.

“Como a parcela é baixa, a inadimplência pode se dar pela impressão de que o mutuário não será penalizado “, diz o consultor financeiro Marcelo Prata. “A cobrança firme é fundamental.”

Em nota, a Caixa diz que faz emissão de avisos de cobrança e destaca a possibilidade de fazer acordos para quitação.

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