Arquitetos apresentam proposta de agricultura urbana para Curitiba


(G1PR – Murilo Basso) 07/05/2015

Aproveitamento de espaços ociosos ajuda no desenvolvimento sustentável.
Exposição com soluções é realizada no prédio histórico da UFPR.

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Montagem dá uma dimensão de como é possível aproveitar espaços ociosos na cidade (Foto: Divulgação)

Até o dia 9 de maio, arquitetos do Estúdio 41 e alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), exibem no prédio histórico da instituição uma mostra com soluções para transformar espaços ociosos da região central de Curitiba em hortas urbanas. Os modelos levam em conta áreas como terraços e estacionamentos, ou ociosos, como edifícios abandonados e terrenos vazios. Nesses locais, eles sugerem a instalação das plantações, para que eles deixem de ficar subutilizados.

O objetivo do trabalho é debater o uso destes espaços e requalificar a paisagem urbana. A primeira etapa do projeto foi um levantamento das áreas de interesse seguida do desenvolvimento de um plano de ocupação. “A princípio seria uma imagem de como pensamos a cidade no futuro. Mas vimos uma oportunidade de trazer discussões mais atuais à tona como, por exemplo, a especulação imobiliária”, diz João Gabriel Rosa, um dos responsáveis pelo projeto. “Escolhemos a região central justamente por existirem muitos espaços subutilizados e assim resgatar a função social da propriedade”.

Quanto à viabilidade do projeto, ainda não há um levantamento de custos, já que a desapropriação de propriedades seria lenta e representaria gastos excessivos. Para estes casos, segundo Rosa, estimular políticas de contrapartidas ou incentivos seria uma alternativa, enquanto lotes que pertencem ao poder público poderiam receber intervenções piloto, como uma forma de incentivo ao cultivo.

Já para intervenções em escalas menores, como em lajes ou terraços de edifícios particulares, há viabilidade técnica e financeira. “Inicialmente a ideia era gerar discussão sobre terrenos ociosos e como ocupar estes espaços. E a partir daí perceber que pequenas iniciativas já são possíveis”, pondera Rosa. “Na maioria dos casos as intervenções surgiriam de forma espontânea, geralmente de iniciativas das comunidades e vizinhanças”, completa.

Outras propostas
A mostra “Arquitetura para Curitiba: uma mostra em mutirão” também propõe discussões acerca da ocupação da cidade pelos moradores. Desenvolvido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR com parceria doConselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e do Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o projeto visa repensar a cidade por meio de intervenções em sua arquitetura; das mais simples, como alteração do sentido de vias, às mais complexas, como criação de dispositivos legais que regulem densidade habitacional, espaços públicos e fluxo de pedestres.

Outras medidas incluem zoneamento único da cidade, liberando uso, coeficiente construtivo e altura para ocupar a cidade de acordo com as necessidades da população e da capacidade de infraestrutura de cada região; construção de um novo equipamento no Parque Barigui que promova o contato com a água e implantação de 12 km de boulevares na região central da capital.

Para quem quiser conhecer as ideias dos arquitetos curitibanos, a exposição “Arquitetura para Curitiba: uma mostra em mutirão” fica aberta ao público das 9h às 18h, nesta quinta-feira (7) e na sexta-feira (8), no Museu de Arte da UFPR (Musa). No sábado, a mostra fica aberta das 9h às 13h. Em todos os dias, a entrada é gratuita.

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