Fontes: Log Commercial Properties, da MRV, busca investidores para garantir IPO ainda em 2016


(Estadão) – 04/07/16

A Log Commercial Properties, empresa da MRV Engenharia voltada para o segmento de galpões logísticos, planeja realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ainda neste ano, conforme apurou o Broadcast. A subsidiária tem um valor de mercado estimado em cerca de R$ 2 bilhões, de acordo com fontes.

No início de junho, a Log encaminhou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de conversão de registro de companhia aberta de categoria “B” para categoria “A”, bem como a submissão de pedido de listagem de ações de sua emissão no segmento básico de listagem da BM&FBovespa, com possibilidade de migração para o segmento Novo Mercado. O deferimento da CVM deve sair até agosto.

Enquanto isso, executivos da subsidiária e da controladora se preparam para um roadshow por Estados Unidos e Europa à procura de investidores institucionais, como fundos de pensão, fundos de private equity e family offices. O objetivo é confirmar a entrada de alguns investidores grandes que sirvam como âncoras do IPO, deixando uma fatia menor para distribuição no varejo. Com esse plano, os executivos esperam garantir o sucesso da captação, blindando a iniciativa contra o cenário de crise e de baixa liquidez do mercado brasileiro.

Atualmente, o capital social da Log pertence à MRV (37,9%) e aos executivos e fundadores (22,2%). A companhia também conta com dois investidores institucionais cujos aportes foram realizados há pelo menos três anos: a gestora norte-americana Starwood Capital (30,0%) e o banco Bradesco BBI (9,9%).

Conforme apuração do Broadcast, os recursos oriundos do IPO serão utilizados, prioritariamente, para aliviar o endividamento da Log, além de contribuir para expandir as operações. A subsidiária encerrou o primeiro trimestre com alavancagem (medida pela relação entre dívida e patrimônio líquidos) de 65%. A dívida líquida chegou a R$ 972,6 milhões, e o cronograma de vencimento incluía R$ 172,2 milhões em 2016 e R$ 183,0 milhões em 2017, enquanto as disponibilidades de caixa estavam em R$ 25,5 milhões.

O endividamento é fruto dos aportes nos últimos anos para aumentar o número de galpões. O portfólio de imóveis logísticos da empresa praticamente dobrou de tamanho nos últimos três anos, com área bruta locável de 362,3 mil metros quadrados no fim de 2012 para 665,1 mil metros quadrados no fim de 2015.

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