(Valor Econômico) – 17/05/19
A melhora operacional vivida pelas incorporadoras de imóveis a partir do segundo semestre de 2018 começa a se refletir nos balanços financeiros, principalmente daquelas voltadas para a média e alta renda. Boa parte das empresas apresentou crescimento da receita, aumento das suas margens e, consequentemente, melhor desempenho no resultado líquido no primeiro trimestre. A tendência é de continuidade desse desempenho, considerando que a receita é contabilizada conforme o avanços das obras iniciadas. Além disso, espera-se que as vendas nesse segmento continuem firmes, apesar de a economia mostrar sinais de desaceleração.
As incorporadoras de capital aberto saíram de prejuízo líquido de R$ 434,8 milhões, no primeiro trimestre do ano passado, para uma perda de R$ 43,3 milhões, segundo levantamento realizado pelo Valor Data. Foram incluídos dados da CR2, Cyrela, Direcional Engenharia, Even Construtora e Incorporadora, EZTec, Gafisa, Helbor, MRV Engenharia, PDG Realty, RNI Negócios Imobiliários, Rossi Residencial, Tecnisa, Tenda, Trisul e Viver Incorporadora. Se não fosse o prejuízo da PDG, de R$ 240,3 milhões, o setor teria apresentado um lucro de R$ 197 milhões.
A receita líquida consolidada cresceu 31,3%, para R$ 4,59 bilhões, e a margem bruta setorial aumentou de 25,3% para 28%. A saúde financeira de parte das companhias, como PDG, Viver Incorporadora, Rossi, Gafisa e Helbor ainda não foi equacionada. A alavancagem do setor medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido cresceu de 49,9%, em janeiro a março de 2018, para 52,9% no primeiro trimestre deste ano.