(Revista Construção Mercado) – 29/01/09
O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou algumas projeções para a abertura de novos postos de trabalho e distribuição de renda em 2009. O estudo se baseou em três perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto): 4%, 2,5% e 1%, e levou em consideração também o universo estimado de 92,6 milhões de trabalhadores ocupados em 2008.
Se o PIB crescer 4% no ano, seriam criados, de acordo com o IPEA, quase 1,3 milhão de novos postos de trabalho no País, o que corresponde a 1,4% da ocupação total de trabalhadores. Se crescer 2,5%, seriam aproximadamente 800 mil novas oportunidades, ou seja, 0,9% da ocupação total. Por fim, com o crescimento do PIB de 1%, seriam criados apenas 320 mil novos postos de trabalho, o que representa 0,35% da ocupação total.
No entanto, mesmo na melhor perspectiva, como é estimado que a População Economicamente Ativa agregue 1.450 mil novas pessoas em 2009, esses novos postos de trabalho vão ser insuficientes para atender ao aumento estimado dos novos ingressantes no mercado. Consequentemente, o IPEA aponta que 154 mil pessoas ficarão sem trabalho caso o PIB cresça 4%, 644 mil com o aumento do PIB de 2,5% e 1.126 mil na simulação de 1%.
Isso significa que a taxa de desemprego no Brasil só vai estabilizar em 2009 caso o PIB cresça, no mínimo, 4%, já que, assim, fecharia o ano com um aumento de 7,7%, equiparando-se aos 7,6% registrados no ano passado.
Renda do trabalhador
Segundo o IPEA, a participação da renda do trabalho na renda nacional também só vai expandir em 2009 caso o PIB brasileiro seja maior ou igual a 4%. Neste caso, o rendimento aumentaria 0,2% no ano.
Já os resultados para a simulação do crescimento do PIB de 2,5% e 1%, indicam que a parcela salarial poderia ser reduzida em 0,6% e 3%, respectivamente, ontrariando o aumento da participação dos rendimentos do trabalho no PIB que acontece desde 2004 no Brasil.


