(Pine Web) – 8/02/2010
Quando acionado, mecanismo eleva algumas partes da casa para otimizar a vista da paisagem.
O escritório londrino Marks Barfield Architects lança um novo conceito de moradia, em que a vista da residência é supervalorizada – mesmo que, para isso, seja necessário erguer o imóvel. Os arquitetos desenvolveram um mecanismo que, quando acionado, eleva algumas partes da casa para otimizar a vista da paisagem.
Imagem mostra módulo móvel da casa a uma altura de 40m
O projeto possui uma composição cúbica, inspirada no trabalho do artista minimalista Donald Judd. A simplicidade da forma segue a foco do projeto, que privilegia a relação entre habitação, observador e entorno.
A planta da “vila” é dividida em quatro zonas horizontais, das quais duas podem ser erguidas. A fachada foi concebida para que as pessoas que estejam dentro dos módulos tenham uma vista privilegiada do entorno. O material que a compõe é um composto de vidro triplo, intercalado por uma grelha de metal expandido e espaço.
O sistema de elevação foi desenvolvido pelos engenheiros do Atelier One. O mecanismo é baseado em uma coluna principal, instalada no solo, que ergue os módulos móveis da casa ao nível desejado a uma velocidade de 10 cm por segundo. A altura máxima que poderia ser atingida pelo conjunto é de 40 m.
A coluna funciona como um suporte com trilhos movidos por oito motores com potência de 22 kW, equivalente a de um carro popular. O aparelho ainda possui 260 t como contrapeso e um motor adicional que, em caso de falha, permite que o mecanismo funcione sem redução de performance. O projeto ainda não saiu do papel. “Estava em fase de detalhamento quando a crise atingiu o Reino Unido e foi colocado em espera por fundos”, explica Guilherme Ressel, um dos arquitetos do Marks Barfield Architects.
Residência antes de ser elevada
Fachada é composta de vidro triplo, intercalado por uma grelha de metal expandida