(Gazeta do Povo) – 15/06/09
Parte das construtoras que atuam no segmento econômico também constrói moradias populares em parceria com órgãos governamentais. A Doria, por exemplo, fechou recentemente contratos com a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) para erguer 490 casas em Campo Magro e Colombo, na região metropolitana de Curitiba. “Esse é um reforço para dar mais giro ao negócio e reforçar nossa colocação no mercado”, define Marlus Doria, diretor de incorporação da empresa.
Fabiano Belich, diretor da construtora Cobec conta que as parcerias com órgãos municipais trazem vantagens como redução de tributos e de taxas sobre as obras. “Onde há convênio com a Cohab em Curitiba, conseguimos permissão para construções diferentes do que diz o zoneamento”, conta. “Em alguns lugares, a permissão passa de dois para quatro pavimentos.” No momento, Belich prepara um novo lançamento e avalia se procurará um convênio com a Cohab.
Há dois modelos de negócios envolvendo os órgãos públicos. Em um deles, as empresas participam de uma licitação em que vence o menor preço de construção. São pacotes prontos, em que a empresa não precisa se preocupar nem com o terreno. Em outro modelo, a construtora faz uma parceria em que o órgão público oferece parte dos imóveis para as pessoas inscritas na fila da casa própria por um preço pré-acordado. Outra parte dos imóveis é vendida livremente pela empresa.
A construtora curitibana Conceito & Moradia, por exemplo, tem na Cidade Industrial um projeto com 168 lotes, dos quais 50 estão sendo construídos com apoio da Cohab. No mesmo local, ela vai fazer 50 sobrados no valor de R$ 80 mil para venda direta. “É uma forma de viabilizar projetos maiores”, diz Newton Borges dos Reis, sócio da construtora. Além disso, a Conceito & Moradia tem outros dois condomínios em andamento, um com apartamentos a partir de R$ 75 mil e outro a partir de R$ 80 mil. “Entregamos 50 unidades em 2008 e temos 300 para entregar entre 2009 e o começo de 2011.”