(Valor Econômico) – 13/06/16
A redução das vendas da Rossi Residencial, no primeiro trimestre, os distratos ainda elevados – apesar de menores – e a queda de repasses resultaram na piora dos seus resultados. A incorporadora teve prejuízo líquido de R$ 142,2 milhões, de janeiro a março, 10,2% superior ao do primeiro trimestre de 2015. A receita líquida caiu 56,7%, para R$ 107,1 milhões.
A margem bruta ficou negativa em 4,6%, ante o indicador positivo de 4,6% do primeiro trimestre do ano passado. Houve consumo de caixa de R$ 55,5 milhões.
A Rossi, que não havia apresentado novos projetos em 2015, também não fez lançamentos no trimestre. As vendas brutas tiveram queda de 40,2%, para R$ 193,6 milhões. Com distratos 33,2% maiores, as vendas líquidas encolheram 63%, para R$ 27,9 milhões. “As vendas ficaram 25% abaixo do esperado”, diz o diretor financeiro e de relações com investidores, Fernando Miziara de Mattos Cunha.
Segundo ele, no período de três meses a seis meses, as vendas e os repasses da Rossi voltarão a “patamar melhor”. “Temos uma curva de entregas acentuada do segundo trimestre para o terceiro”, diz. Com isso, o caixa pode ficar menos pressionado. “Acreditamos que a confiança vai aumentar com últimos acontecimentos do país.” A Rossi já esperava ter consumo de caixa no primeiro trimestre, conforme o executivo. O custo a incorrer das obras continua elevado, e a velocidade de repasse diminuiu em relação à do quarto trimestre de 2015.
A alavancagem medida por dívida líquida sobre patrimônio líquido era de 157,8% no encerramento do trimestre. No fim de março, a Rossi reestruturou pouco mais de 90% do total de sua dívida corporativa. O processo está em fase de finalização.